ESCOLAS POBRES APRESENTAM MAIOR PRECARIEDADE DE ENSINO

Pesquisa da Fundação Lemann revela que em 80% das escolas mais pobres do Brasil sobram vagas

Pesquisa da Fundação Lemann revela que em 80% das escolas mais pobres do Brasil sobram vagas

Alunos do ensino fundamental da escola Municipal Jardim da Conquista no bairro de Perus – Foto: Cecília Bastos / USP Imagens

Pesquisa revela o que, na prática, já é de conhecimento de todos. As escolas com mais alunos pobres e que ficam na periferia das cidades são as que mais sofrem com rotatividade de professores, diretores menos experientes e que ganham salários menores que os colegas de outras escolas e, ainda, têm menos alunos interessados nas vagas existentes.

Segundo a pesquisa, em 80% das escolas brasileiras de nível socioeconômico muito baixo, sobram vagas de alunos depois da matrícula. Dificuldade de acesso, infraestrutura precária e vulnerabilidade social são três fatores que caracterizam essas escolas.A pesquisa foi feita pela Fundação Lemann, com base nas respostas dadas pelos diretores no questionário da Prova Brasil de 2015, que é a avaliação nacional mais recente a medir o desempenho dos colégios brasileiros.

A professora Bianca Corrêa, do Departamento de Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, analisou a pesquisa. Para ela, a dissonância entre as políticas públicas da União, Estados e municípios, para a educação, é uma das causas dessas distorções.

Por – Editorias: Atualidades, Rádio USP